Lucro não é caixa. E caixa não é lucro. Quem afirma é Fernando Féo, diretor da GFC Tecnologia, idealizador do sistema de gestão de indicadores e-Diretor, voltado para a gestão de farmácias.
Fernando tem toda a razão em sua definição, pois lucro é o resultado da operação da farmácia, considerando todas receitas e despesas em determinado período, enquanto o caixa é o dinheiro disponível resultante do fluxo de caixa.
“O lucro não representa disponibilidade de dinheiro imediata, mas um valor que será materializado no futuro no caixa da empresa. Por outro lado, o caixa é o resultado de todas as entradas de dinheiro (receitas) e saídas (despesas) na empresa, representando a disponibilidade financeira real”, explica.
Lucro não é o valor que a farmácia tem no caixa
É comum uma empresa ter lucro em um determinado mês, mas um caixa negativo no mesmo período devido às circunstâncias das entradas e saídas de dinheiro. O especialista exemplifica uma situação em que uma empresa vendeu tudo a prazo, não recebendo nenhum dinheiro, mas ainda assim obteve lucro após deduzir os custos e despesas. Isso demonstra que o lucro não é necessariamente igual ao caixa disponível.
Nesse contexto, é muito importante medir corretamente o lucro por meio da Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), que leva em conta todas as receitas e despesas lançadas no sistema. Fernando também enfatizou a necessidade de manter um caixa equilibrado, sugerindo uma folga financeira de cerca de dez dias de vendas para lidar com as flutuações do fluxo de caixa e aproveitar as oportunidades. Um caixa saudável é fundamental para a solidez financeira da farmácia.
Como fazer distribuição de lucros
Por fim, vale destaca que, embora parte do lucro deva ser reinvestido na empresa para aumentar o capital de giro e o patrimônio, é importante distribuir parte do lucro aos sócios. No entanto, essa distribuição deve ocorrer no momento certo e na dosagem correta, levando em consideração a situação de caixa da farmácia naquele momento.