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Receitas e despesas NÃO operacionais: quais são elas?

Neste artigo, você vai entender a diferença entre operacional e não operacional dentro do varejo farma, aprendendo a classificar corretamente despesas e receitas.
Receitas e despesas NÃO operacionais: quais são elas?
Sumário

Tudo o que entra na farmácia é receita e tudo o que sai é despesa: simplista demais, porque é importante separar aquilo que é operacional daquilo que é não operacional. Antes, porém, precisamos destacar a diferença entre faturamento – venda total em determinado período – e receita – toda entrada de dinheiro no caixa da farmácia ou na conta bancária. Um exemplo clássico que ajuda a compreender esses conceitos é o parcelamento no cartão de crédito. A venda entra como faturamento do período, mas se tornará uma receita apenas quando os valores começarem a cair na conta da farmácia.

Receita não operacional

As receitas operacionais são aquelas provenientes da atividade principal da farmácia, como venda de medicamentos, perfumaria, manipulados e serviços farmacêuticos. As receitas não operacionais, por sua vez, são aquelas que não estão relacionadas à atividade principal, como aluguéis de espaços na farmácia, juros sobre aplicações financeiras, aportes de capital e captação de empréstimos.

“Quando o empresário vende um espaço na farmácia para que uma indústria exponha seus produtos é um bom exemplo de receita não operacional. A farmácia aluga um pedacinho do PDV ou uma ponta de gôndola, mas o dinheiro desse aluguel não faz parte da atividade principal da empresa, sendo, portanto, classificado como receita não operacional. Entende a lógica”, explica Cinthya Mendanha, farmacêutica e consultora do Instituto Bulla.

Despesa não operacional

Em relação às despesas, a farmácia também deve fazer essa diferenciação. As despesas operacionais são aquelas necessárias para o funcionamento diário da farmácia, como aluguel do ponto, folha de pagamento, impostos, comissões, serviços de terceiros (contador, advogado), marketing, entre outras.

“O empresário precisa do ponto para exercer sua atividade principal, assim como necessita adquirir um sistema de gestão para fazer o controle rotineiro das operações. Com isso, tudo o que está relacionado à operação do negócio principal entra como despesa operacional”, detalha a consultora.

As despesas não operacionais são aquelas que não estão diretamente relacionadas com a atividade principal, como pagamento de empréstimos, retiradas de sócios, juros sobre pagamentos atrasados e marketing extra não planejado.

“Vamos supor que o empresário queria reinaugurar a farmácia ou decide fazer uma grande festa de aniversário. Essas despesas devem ser lançadas como não operacionais, porque não estão diretamente relacionadas à operação”, exemplifica Cinthya.

Por que separar receitas e despesas operacionais das não operacionais?

A separação das receitas e despesas em suas devidas categorias é muito importante para entender a real lucratividade do negócio, compondo corretamente os demonstrativos financeiros que mostram o lucro da operação, como o Demonstrativo de Lucros e Perdas (DLP) e o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC). Misturar essas categorias pode levar a uma visão distorcida da lucratividade e dificultar a tomada de decisões baseadas em dados financeiros precisos.

Um exemplo é o hábito de o empresário utilizar o dinheiro da farmácia para pagar despesas pessoais. Essa mistura de CNPJ com CPF é um dos casos mais críticos de junção entre despesa operacional com a despesa não operacional. Com isso, a farmácia apresenta um resultado subestimado. Escuto com frequência empresários dizerem que seus negócios não são lucrativos. Na verdade, o lucro está sendo utilizado para pagar despesas não operacionais do CPF do empresário”, alerta Cinthya.

A sugestão é levantar todas as receitas e despesas operacionais e não operacionais da sua farmácia dos últimos 3 meses para obter o lucro operacional do negócio. Veja abaixo como montar o seu Demonstrativo de Lucros e Perdas (DLP):

Venda Bruta

(-) Descontos

= Venda líquida

(-) CMV

= Lucro bruto

(-) Despesas operacionais variáveis

= Margem de contribuição

(-) Despesas operacionais fixas

(=) Lucro operacional

(+) Receitas não operacionais

(-) Despesas não operacional

(=) Lucro líquido

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