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Curva ABC: aumente as vendas da farmácia

Gilson Coelho, especialista no tema, ensina como usá-la para vender mais e manter a saúde financeira do negócio.
Curva ABC
Sumário

Quem quer abrir ou expandir uma farmácia sabe que os processos são bastante burocráticos, principalmente quando o assunto é a compra e a venda de medicamentos com a indústria farmacêutica. Apesar da burocracia, este é um setor que possibilita muito crescimento para quem investe nele, principalmente quando a gestão do negócio é feita de forma estratégica, usando ferramentas como a Curva ABC, por exemplo.

Para explicar como usar a Curva ABC na sua farmácia, Gilson Coelho, consultor de farmácias e palestrante, conta tudo sobre essa poderosa técnica de gestão de estoque para o varejo farmacêutico.

O que é a Curva ABC?

“A curva ABC é uma ferramenta de gestão de estoque capaz de detalhar características importantes, como qualidade do estoque e capacidade de giro de cada produto”, afirma Gilson. De acordo com ele, pode-se categorizar os produtos como de altíssimo giro, alto, médio, baixo ou parado, sendo que A e B são de altíssimo e alto giro, enquanto C e D são de baixo giro e produtos parados, respectivamente.

  • Produtos A e B: altíssimo e alto giro
  • Produtos C e D: baixo giro e produtos parados

“Depois de fazer a Curva ABC, muitas drogarias descobrem que têm muitos produtos de baixo giro em estoque, mas poucos de alto giro. Quando isso acontece, significa que o estoque está invertido e há um problema gravíssimo na farmácia, pois ela está dando mais relevância aos produtos menos vendidos”, alerta.

Curva ABC, estoque e contas a pagar

O especialista ensina que o ideal é ter um estoque com muitos produtos das categorias AB e poucos das categorias CD. Quanto mais invertida estiver essa ordem, pior para as finanças da farmácia.

Assim, os produtos das categorias A e B devem estar sempre no estoque, porque vendem rápido e são de alta liquidez. Além disso, se acontecer uma ruptura de estoque de produtos dessa categoria, a falta deles na loja pode afastar um grande número de clientes e causar perdas financeiras significativas.

Segundo o especialista, a farmácia precisa vender, em média, 19 itens que giram para compensar a compra de um único produto que não girou – essa situação é tão séria que pode até levar a drogaria à falência.

“Em tese, a farmácia deveria pagar o fornecedor com o dinheiro da venda do produto que comprou dele. Porém, se há muitos produtos que vendem pouco, fica difícil fechar as contas. Uma gestão de Curva ABC bem-feita possibilita maior saúde financeira, porque evita desequilíbrios na contabilidade das farmácias”.

Normalmente, todas as informações para a construção da Curva ABC estão presentes no sistema raiz da farmácia: o sistema de gestão. Existem softwares dedicados a controle de estoque, que apenas coletam as informações do sistema de loja, mas são desnecessários, porque o sistema raiz da farmácia já tem todos os dados que o gestor precisa para fazer a Curva ABC.

Outro possível problema de uma má gestão do estoque de produtos é a perda de itens por prazo de validade. Se isso acontecer, essas perdas devem ser contabilizadas pela gestão, mas uma forma de evitar esse tipo de prejuízo é acompanhar a saída dos produtos. Uma regra básica do varejo é sempre expor na frente da gôndola os produtos que estão mais próximos do vencimento.

Caso note algum item com validade próxima, estruture ações para estimular as vendas, como promoções, transferência dos produtos entre as lojas, entre outras estratégias de marketing no ponto de venda.

Este conteúdo também está disponível em formato de entrevista em vídeo no canal do YouTube da Farma Contábil, contabilidade especializada no varejo farmacêutico.

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